sábado, 27 de outubro de 2012

Lana fala sobre posar nua e outros assuntos em entrevista


Lana Del Rey deu uma entrevista a SpinorBinMusic em Singapura, onde ela fala sobre seu ensaio para a revista GQ, o rumo de sua carreira e sobre escolher um nome para seus fãs. Confira a tradução:
Como você arranjou o nome Lana Del Rey?
Quando eu era mais nova, sentia que ainda não era a pessoa que queria me tornar. Eu tinha uma visão de mim mesma que era tão linda quanto eu queria que as músicas fossem. Geralmente não nego meus impulsos criativos, e esse foi apenas um deles.
O que podemos esperar depois do lançamento do Born to Die: the Paradise Edition? Você vai lançar outros álbuns?
A única coisa que eu estou fazendo, no momento, é ajudar dois diretores a criar trilhas sonoras para dois filmes diferentes. Nada demais, apenas escrevendo músicas para dois filmes. Na verdade, eu tenho que falar com a Universal se posso divulgar os filmes. Um deles será lançado em junho do ano que vem. O que eu realmente gostaria de fazer seria começar escrever músicas para filmes, é o que é natural para mim. A maioria das pessoas com quem trabalho já são compositores, então é uma boa combinação. É realmente a única ambição que tenho.
Você posou nua para a revista britânica GQ recentemente. O que fez você fazer isso?
Eu gosto de quão lindas as mulheres são nuas. Eu amo ver a pele das garotas em fotos. Tenho todas as Playboys antigas dos anos 60 e 70. Amo o visual das garotas com batons vermelhos e pele brilhante. Sou uma grande fã da forma feminina. Então, para mim, não foi desconfortável.
Porque você decidiu que seu mais novo vídeo, Ride, seria tão grande, com 10 minutos?
Eu realmente amo filmes como amo música. Quando fiz meu primeiro álbum, senti que devia contar minhas histórias através de palavras, e agora eu quero contar minhas histórias através de imagens.
Como foi sua época de adolescente?
Foram interessantes. Parei de beber há dez anos porque tinha vontade de tentar novas coisas e me sentir diferente. A gente acaba fazendo as coisas rápido demais, acaba tendo vários estilos de vida diferentes em um curto período. A parte disso, me sentia por aí há muito tempo. Quando tinha sete anos, minha mãe me disse que eu achava que era uma adulta. Quando eu estava em festas, conversava com pessoas como se elas fossem meus amigos.
Você esperava que Born to Die tivesse tanto sucesso?
Quando fiz o álbum, levei ele a muitas gravadoras diferentes, e elas não se interessaram porque ele era meio estranho. Não era música de festa, minhas músicas eram lentas. As pessoas que se envolveram com esse projeto se envolveram por paixão. Minha fotógrafa foi minha irmã, e meu irmão caçula me ajudou. Eu fiz meus próprios vídeos com clipes do YouTube. Fiz isso durante muito tempo, e sentia que, se era para dar certo, já teria dado há muito tempo. Então não, não esperava sucesso nenhum.
Como você se sente tendo atenção das pessoas agora?
Acho que a atenção veio também com um lado negativo. Nunca foi exatamente algo que pude relaxar e aproveitar. Sentia que tinha que proteger as músicas para ter certeza de que o futuro delas fosse guardado. Eu realmente acredito no álbum, nas músicas e nos produtores que trabalharam nele. Eu não tinha ideia do que iria acontecer.
Como você cria essa sonoridade luxuosa?
Eu encontrei esse rapaz chamado Justin Parker e ele sempre me trouxe acordes que ele gostava. Originalmente, quando comecei, só gravava músicas em meu quarto e as mandavam para pessoas que colocassem o instrumental nela. Mas então encontrei Justin, e ele me mostrou os acordes de Video Games e eu comecei a criar na hora. Eu fiz isso com músicas como Video Games, Born to Die e Ride, todas foram feitas de uma vez só. Mas outras, como Summertime Sadness e Blue Jeans, foram trabalhadas lentamente, com compositores diferentes.
Como foi trabalhar com A$AP Rocky no vídeo de National Anthem?
Eu amo ele! Quando disse a ele que queria que ele fosse JFK no vídeo, ele aceitou na hora. A$AP Rocky e Azealia Banks são as únicas pessoas com que me identifico atualmente.
Qual foi o item mais estranho que você já recebeu de um fã?
Um cordão com um crucifixo que também é um apito de socorro. Eu usei em um dos meus vídeos, apesar de ser estranho.
Você tem algum nome especial para seus fãs?
Não, porque todas as outras meninas já tem nomes muitos bons para os fãs. Não tenho nome para eles, mas eles comandam os shows. Eles sabem que estão no poder (risos).
Como você lida com a fama?
Eu realmente espero me sentir inspirada para escrever do jeito que fazia há alguns anos. Quando comecei a escrever, era algo realmente novo. Eu sentia que fazia algo que ninguém nunca havia feito antes. Na Califórnia, passeio muito e dirijo sozinha. Ninguém fala comigo, e tenho meu irmão e minha irmã comigo lá. Quando saio da América, as coisas ficam um pouco mais loucas. Para ser honesta, quando falo com pessoas com perguntas interessantes como as suas, é realmente legal. E o resto deles, não tenho certeza…
Alguns de seus vídeos são controversos. O que você acha disso?
É realmente uma boa questão! Acho que quero respeito, mais do que qualquer coisa. Me considero uma escritora porque escrever é minha paixão. Eu espero ter respeito dos jornalistas. Eu não dou boas vindas a controvérsia como dou a colaborações criativas com pessoas incríveis. Quando escrevi o disco, eu parecia tentar capturar um período de tempo. Mas com Ride foi diferente, ia parecer estranho para c*cete para as pessoas. O resto não é controverso.
Quem é Lana Del Rey para além da música e da atenção do público? Quem é você realmente?
Apesar de amar música, ela não é minha primeira paixão. Quando decidi parar de beber há dez anos, minha paixão era trabalhar com desabrigados, e com reabilitação de álcool e drogas. Morei em Nova York por dez anos, e esse era meu trabalho de verdade. Eu diria que música não é meu dom de verdade.
Quais são seus três filmes favoritos de todos os tempos?
Don’t Look Back, de D.A. Pennebaker, que mostra os bastidores da turnê de Bob Dylan em 1965 no Reino Unido. É doido pra caramba! Amo Beleza Americana e O Poderoso Chefão um e dois.
Você escreveu uma música chamada Ghetto Baby para Cheryl Cole. Como isso aconteceu?
Nós temos o mesmo chefe na Polydor, e ele achou que Cheryl gostaria da música, então tocaram para ela. Ela amou e decidiu gravar.
Muitas pessoas tentaram definir sua música. Como você a chama, particularmente?
Eu diria que é como um filme, bem visual e reflexiva.

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